A medida que vou assistindo aos filmes vou comentando ... pretendo colocar aqui, além das minha opiniões sobre o filme, alguns dados técnicos. Tudo para facilitar a tua vida quando pensar em ver um filme!
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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Meu Namorado é um Zumbi

Informações Técnicas:

Título Original: Warm Bodies
País de Origem: EUA
Gênero: Comédia / Romance
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib.: Paris Filmes
Diretor: Jonathan Levine
Roteirista: Jonathan Levine e Isaac Marion (autor do livro)
Elenco:

          R ... Nicholas Hoult
          Julie ... Teresa Palmer
          Nora ... Analeigh Tipton
          M ... Rob Corddry
          Perry ... Dave Franco
          Grigio ... John Malkovich

Sinopse:

Em um cenário pós-apocalíptico, R (Nicholas Hoult) um zumbi que passa por uma crise existencial, cria laços de amizade com uma humana chamada Julie (Teresa Palmer), por quem acaba se interessando amorosamente. O problema é que este relacionamento acaba causando uma reação em cadeia em outros mortos-vivos, mas o general Grigio (John Malkovich) não está interessado neste tipo de mudança e sim no total extermínio da ameaça zumbi.

O que achei:

De início achei que poderia ser interessante ... depois achei que deveria ser uma droga ... e agora nem sei bem o que achar! Tem muita coisa diferente do esperado para filmes de zumbis, pois aqui alguns deles pensam e até chegam a falar monossílabas! Além de possuírem um sentimento ... na verdade o enredo gira em torno do amor que surge em um zumbi por uma humana ... sim processo de "crepuscolização" dos zumbis! O diretor/roteirista é novo no ramo, sendo este seu primeiro roteiro de longa e sua quarta direção. Sempre seguindo o estilo romance e drama, inclusive dirigindo 50% (2011). A história é um misto de romantismo piegas com comédia, com leves pitadas de ação. A forma como as coisas se desenrolam é interessante, embora zumbis falando e retornando a forma humana sozinhos seja realmente estranho para mim (um fã do gênero).

O elenco conta com a participação de John Malkovich, possivelmente para atrair dinheiro e público, pois seu papel é totalmente secundário. O par interpretado por Nicholas HoultRob Corddry ficou muito bom, suas conversas praticamente sem palavras são inteligíveis sem problemas! Já o par romântico da história de Nicholas com Teresa Palmer não convenceu tanto, especialmente por parte dela ... além do enredo não ajudar, pois dormir no mesmo ambiente que um zumbi que comeu seus amigos? Sem chance! Já os efeitos especiais são muito bons, assim como a maquiagem. Os zumbis deformados (os esqueléticos) são completamente assustadores. Resumo da ópera: um filme romântico que prega que o amor é capaz de tudo, até reverter uma morte zumbi ...

Veja, acompanhado ... e sem grandes expectativas quanto à história.

Nota: 6,5


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Faroeste Caboclo

Informações Técnicas:

Título Original: Faroeste Caboclo
País de Origem: Nacional
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib.: Europa Filmes
Diretor: René Sampaio
Roteirista: Victor AtherinoMarcos BernsteinJosé Carvalho (Renato Russo - letra da música)
Elenco:

          João de Santo Cristo ... Fabrício Boliveira
          Maria Lúcia ... Isis Valverde
          Jeremias ... Felipe Abib
          Pablo ... César Troncoso
          Marco Aurélio ... Antonio Calloni
          Ney ... Marcos Paulo
          Pablo ... César Troncoso

Sinopse:

João (Fabrício Boliveira) deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Ele quer deixar o passado repleto de tragédias para trás. Lá, conta com o apoio do primo e traficante Pablo (César Troncoso), com quem passa a trabalhar. Já conhecido como João de Santo Cristo, o jovem se envolve com o tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que mantém um emprego como carpinteiro. Em meio a tudo isso, conhece a bela e inquieta Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona loucamente. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance, mas logo se verá em meio a uma guerra com o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib).

O que achei:

Uma das músicas mais "fodásticas" do Legião Urbana, além de ser enorme (tipo 9 min) só podia dar nisso, um filme incrível! Para quem espera um clipe da música esquece, aqui temos um filme com começo, meio e fim. Inclusive com explicações sobre detalhes que a música nunca falou, tipo "por que diabos, Maria Lúcia se casaria com Jeremias?". O diretor é um novato no cinema, sendo mais conhecido por seus trabalhos em comerciais e novelas ... uma excelente surpresa, diga-se de passagem. O roteiro ficou na mão de uma pequena equipe, praticamente a mesma que roteirizou Somos Tão Jovens (2013). Achei o enredo perfeito, inspirado na música (por isso o Renato é co-roteirista) mas muito mais intenso e complexo. A história de João, um brasileiro pobre e sem sobrenome, vivendo na margem de uma cidade grande, a capital do Brasil, ficou com um ar muito mais crítico do que a música já tinha. Vale ressaltar que um dos roteiristas assina Central do Brasil (1998), um dos principais filmes da nova safra nacional.

O elenco é reduzido, contando com a participação de Marcos Paulo (infelizmente, seu último trabalho) e com a estreia de Ísis Valverde nos cinemas. O grande destaque vai para Fabrício Boliveira, dava para ver o sangue no olhar de seu personagem em cada cena de violência. Acho que sua representação foi perfeita, mas tão perfeita que ficou impossível não cria uma empatia pelo personagem, mesmo sabendo que é um traficante! Felipe Abib também foi excelente, e César Troncoso ficou no limite do cômico, mas sem deslanchar para o caricato. A reconstrução de época foi um caso a parte, excepcional! Desde as luzes de Natal, até o lote 14 da Ceilândia ... trazendo uma Ceilândia que ainda não era uma cidade satélite, ainda não era dividida em quadras, e ainda mais violenta! Resumo da ópera, excelente filme, com um enredo de qualidade e ótimas interpretações. Minha indicação ao Oscar 2014 com certeza!

Veja, sendo fã, ou não, da música ... vale muito a pena!

Nota: 10,0


terça-feira, 4 de junho de 2013

Mama

Informações Técnicas:

Título Original: Mamá
País de Origem: Espanha / Canadá
Gênero: Terror
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib.: Universal Pictures
Diretor: Andrés Muschietti
Elenco:

          Annabel ... Jessica Chastain
          Lucas / Jeffrey ... Nikolaj Coster-Waldau
          Victoria ... Megan Charpentier
          Lilly ... Isabelle Nélisse
          Dr. Dreyfuss ... Daniel Kash
          Mama ... Javier Botet
          Voz da Mama ... Jane Moffat

Sinopse:

Após o pai de Victoria e Lilly matar a mãe das garotas, ele foge com as crianças. Após um acidente todos se refugiam em uma casa abandona na floresta. Durante cinco anos, ninguém tem notícia do paradeiro deles, até o dia em que elas são encontradas em um estágio completamente primitivo, não há explicação como sobreviveram sozinhas tanto tempo. Os tios das duas, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e Annabel (Jessica Chastain) adotam Victoria e Lilly e tentam dá-las uma vida tranquila, mas logo eles percebem que existe algo errado. As duas conversam frequentemente com uma entidade invisível, que chamam de "Mama". Lucas e Annabel não acreditam nas meninas, embora estranhos acontecimentos tenham ocorrido em sua casa.

O que achei:

Um terror de primeira linha! O diretor é um estreante, mas nem dá para perceber! Este trabalho é a versão longa-metragem de seu curta Mamá (2008), vencedor de vários prêmios europeus. Ele também co-assina o roteiro, junto com sua mulher, ambos iniciante também nesta área. A terceira roteirista tem bastante experiência no gênero, porém para a TV americana. E, embora seja escrito em com tantas "mãos" o filme ficou com uma qualidade muito boa! O enredo é bem amarrado, com falas diretas e situações realmente assustadoras. As cenas são bem dinâmicas, intercalando tomadas amplas com closes e claras com escuras ... o que deixou todo um clima de terror. A história tem algumas falhas, mas nada sério, apenas pequenos detalhes que nem atrapalham o desenrolar.

O elenco é de praticamente desconhecidos por aqui, exceção ao Nikolaj Coster-Waldau (Sir Jaime de Game of Thrones). Porém o grande destaque vai mesmo para a pequena Megan Charpentier, que mesmo precisando demonstrar muita carga emocional no filme, realizou o papel de forma brilhante! Em muitas cenas sua fisionomia já demonstrava todo o horror da situação, desde pequena uma excelente atriz. Outra que foi ótima é a, menor ainda, Isabelle Nélisse, com seus olhares aterrorizantes! Este não é daqueles filmes de terror que se baseiam somente nos efeitos especiais, porém quando eles foram necessários vieram com tudo. O final não deixa de ser surpreendente, embora em parte previsível. Em suma, ótimo terror que vai te fazer olhar preocupado para manchas negras nas paredes!

Veja e tome alguns bons sustos ...

Nota: 8,0


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Os Penetras

Informações Técnicas:

Título Original: Os Penetras
País de Origem: Nacional
Gênero: Comédia
Ano de Lançamento: 2012
Estúdio/Distrib.: Warner Bros.
Diretor: Andrucha Waddington

Elenco:

          Laura ... Mariana Ximenes
          Ivone ... Susana Vieira
          Laura ... Andrea Beltrão
          Beto ... Eduardo Sterblitch
          Marco Polo ... Marcelo Adnet
          Anchieta ... Luiz Gustavo
          Nelson ... Stepan Nercessian
          Cordeiro ... Luís Carlos Miele
          Svetlana ... Elena Sopova

Sinopse:

Marco Polo (Marcelo Adnet) é um sujeito bem-humorado, sedutor e manipulador, sempre tentando levar vantagem. Em um de seus golpes, ele cruza com Beto (Eduardo Sterblitch) um homem tímido e inseguro, que acabou de ser rejeitado por sua amada Laura, e tem vários problemas com a família. Vendo a situação financeira privilegiada de Beto, Marco Polo promete conversar com Laura, e tentar convencê-la a voltar para o colega. Enquanto isso, ele tira vantagem da fragilidade do outro. Mas os planos mudam quando Marco Polo conhece esta mulher, tão sedutora e tão manipuladora quanto ele.

O que achei:

Comédia nacional com Adnet ... na hora pensei que seria excelente! Amarga ilusão! O problema pode ser que o diretor, que também co-assina o roteiro, está mais adaptado ao cinema dramático com pitadas de comédia (Eu, Tu e Eles - 2000; e Casa de Areia - 2005 - são exemplos). Aqui ele não soube acertar a mão, deixou um enredo fraco, repleto de clichês que não convenceram a ninguém. Os demais roteiristas são experientes, mas um texto escrito a tantas mãos é complicado mesmo. Pessoalmente achei a história meio parada, não sai do mesmo ponto, embora várias situações estejam ocorrendo o ponto central da cena é sempre o mesmo ... fica cansativo! O desfecho da história é tão previsível e banal que acho ter visto algo parecido nos desenhos do Scooby Doo.

O elenco é mesclado de figurinhas carimbadas na TV e novatos. Pode ter sido um pequeno problema ter estes atores de TV no filme, pois o cinema pede uma outra forma de interpretação. Destaco a Mariana Ximenes, com uma pilantra perfeita linda, interesseira e preparando o golpe do baú! Marcelo Adnet teve seus momentos ... mas nada próximo daquilo que conhecemos de 15 minutos, na MTV. Miele foi apenas um detalhe ... Susana Vieira foi lamentável! Pense no seguinte, as cenas que mais ri estão no trailer (abaixo) e mesmo assim não foi nenhuma gargalhada. Resumo da ópera: achei bem ruim e estava louco para acabar o filme logo!

Eu não veria ... vá olhar para o teto que lucra mais!

Nota: 5,0 (isso tudo porque as locações foram bem escolhidas!)