Título Original: Faroeste Caboclo
País de Origem: Nacional
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib.: Europa Filmes
Diretor: René Sampaio
Elenco:
João de Santo Cristo ... Fabrício Boliveira
Maria Lúcia ... Isis Valverde
Jeremias ... Felipe Abib
Pablo ... César Troncoso
Marco Aurélio ... Antonio Calloni
Ney ... Marcos Paulo
Pablo ... César Troncoso
Sinopse:
João (Fabrício Boliveira) deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Ele quer deixar o passado repleto de tragédias para trás. Lá, conta com o apoio do primo e traficante Pablo (César Troncoso), com quem passa a trabalhar. Já conhecido como João de Santo Cristo, o jovem se envolve com o tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que mantém um emprego como carpinteiro. Em meio a tudo isso, conhece a bela e inquieta Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona loucamente. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance, mas logo se verá em meio a uma guerra com o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib).
O que achei:
Uma das músicas mais "fodásticas" do Legião Urbana, além de ser enorme (tipo 9 min) só podia dar nisso, um filme incrível! Para quem espera um clipe da música esquece, aqui temos um filme com começo, meio e fim. Inclusive com explicações sobre detalhes que a música nunca falou, tipo "por que diabos, Maria Lúcia se casaria com Jeremias?". O diretor é um novato no cinema, sendo mais conhecido por seus trabalhos em comerciais e novelas ... uma excelente surpresa, diga-se de passagem. O roteiro ficou na mão de uma pequena equipe, praticamente a mesma que roteirizou Somos Tão Jovens (2013). Achei o enredo perfeito, inspirado na música (por isso o Renato é co-roteirista) mas muito mais intenso e complexo. A história de João, um brasileiro pobre e sem sobrenome, vivendo na margem de uma cidade grande, a capital do Brasil, ficou com um ar muito mais crítico do que a música já tinha. Vale ressaltar que um dos roteiristas assina Central do Brasil (1998), um dos principais filmes da nova safra nacional.
O elenco é reduzido, contando com a participação de Marcos Paulo (infelizmente, seu último trabalho) e com a estreia de Ísis Valverde nos cinemas. O grande destaque vai para Fabrício Boliveira, dava para ver o sangue no olhar de seu personagem em cada cena de violência. Acho que sua representação foi perfeita, mas tão perfeita que ficou impossível não cria uma empatia pelo personagem, mesmo sabendo que é um traficante! Felipe Abib também foi excelente, e César Troncoso ficou no limite do cômico, mas sem deslanchar para o caricato. A reconstrução de época foi um caso a parte, excepcional! Desde as luzes de Natal, até o lote 14 da Ceilândia ... trazendo uma Ceilândia que ainda não era uma cidade satélite, ainda não era dividida em quadras, e ainda mais violenta! Resumo da ópera, excelente filme, com um enredo de qualidade e ótimas interpretações. Minha indicação ao Oscar 2014 com certeza!
Veja, sendo fã, ou não, da música ... vale muito a pena!
Nota: 10,0
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