Habemus Papam

Informações Técnicas:

Título Original: Habemus Papam

País de Origem: França / Itália

Gênero: Comédia / Drama

Ano de Lançamento: 2011

Estúdio/Distrib.: Nossa Distribuidora

Diretor: Nanni Moretti

Roteirista: Nanni Moretti, Francesco Piccolo e Federica Pontremoli

Elenco:

          O Papa ... Michel Piccoli
          O Porta-voz ... Jerzy Stuhr
          Cardial Gregori ... Renato Scarpa
          Cardial Bollati ... Franco Graziosi
          Cardial Pescardoni ... Camillo Milli
          Oficial da Guarda Suíça ... Gianluca Gobbi
          O Psicanalista ... Nanni Moretti
          A Psicanalista ... Margherita Buy

Sinopse:

Devido a morte do Papa, o conclave do Vaticano se reúne para escolher seu sucessor. Após várias votações, enfim há um eleito. Os fiéis, amontoados na Praça de São Pedro, aguardam a primeira aparição do escolhido (Michel Piccoli), mas ele não vem a público por não suportar o peso da responsabilidade. Tentando resolver a crise, os demais cardeais resolvem chamar um psicanalista (Nanni Moretti) para tratar o novo Papa.

O que achei:

Filme praticamente profético ... e nesta onda de conclave por Papa renunciando, me interessei por assistir este aqui. Filmes italianos, praticamente tem duas opções, ou são extremamente dramáticos ou são comédias escrachadas! Este conseguiu o feito de não ser um nem outro! O diretor, que também co-assina o roteiro e atua (o psicanalista) é um veterano no cinema italiano, embora eu não o conhecia. Seu trabalho foi bem interessante, apontando problemas e críticas bem direcionadas às normas do Vaticano. Não foi uma visão ateísta contra a instituição, apenas uma crítica a necessidade de modernização e evolução ... afinal o mundo evoluiu! (palavras do ator/diretor). O retratado da humanidade do papa escolhido e de suas falhas e  medos é genial, assim como o nítido alívio dos não escolhidos. As cenas são bem dirigidas, mas claro que no estilo italiano de cinema: closes e caretas para demonstrar os sentimentos!

O elenco é composto por desconhecidos, pelo menos para mim, acho que lembro vagamente de Michel Piccoli em uma produção francesa, mas não posso afirmar qual! As interpretações são típicas italianas, isto é, muito gestual e física, o que para o nosso costume de padrão americano beira ao caricato ... mas esta não era a intensão! Dentro desta linha, acho que o Sr. Piccoli com certeza foi um destaque, os traumas e dúvidas do Papa transpareceram em sua interpretação. Gostei também de Nanni Moretti, não que tenha sido perfeito, mas me identifiquei com o personagem, acho que foi isso. Não é uma produção de efeitos especiais, mas os jogos de câmeras foram bem feitos dando a real ilusão de estarem mesmo dentro do Vaticano olhando para a praça de São Pedro. Resumo da ópera: boa diversão, além de uma boa ideia dos bastidores da eleição de um papa.

Veja, mas não espere intrigas palacianas ... 

ps.: para ver algo realmente "pesado", recomendo a série Os Bórgias! Nesta linha do filme, mas recheado de intrigas e assassinatos.

Nota: 8,0